sexta-feira, 2 de abril de 2010

Brigas, só porque quero ser EU.

As discussões de casais quase sempre revelam problemas inexistentes, dúvidas onde a certeza impera e brigas infundadas. A pergunta é: preocupar-se com a lealdade do outro é vaidade ou auto-preservação? Neste momento estou remoendo isso na mente, pois não devemos ter neuroses em relação aos sentimentos alheios, isso não é amor, é egoísmo, é danoso, é falta de controle, pior, é auto-compaixão. Oras, se eu amo, e isso é um fato, meu amor basta, independente de qualquer resquício de infedelidade.
Não devemos exigir do outro aquilo que ele não pode oferecer, isso é respeito, dignidade, generosidade. Encarar o amor, livre das amarras e conceitos impostos exige responsabilidade, autoestima elevada; as pessoas nunca irão correponder aos nossos ideais, crer nisso é romantismo barato, é ingenuidade adolescente. O outro é um mundo diferente, deve ter sua individualidade preservada, deve ser livre... Amor é liberdade, é a capacidade de querer sem exigir. Numa relação não existe, em hipótese alguma, traidor e traído, apenas um laço forte que une duas pessoas por uma razão espiritual, casar não é ser prisioneiro do cônjuge, tampouco esperar dele atitudes mecânicas, padronizadas pela sociedade. Quando as pessoas entenderem que cada ser é único, instável e imprevísivel, o sofrimento dos casais diminuirá.

quinta-feira, 1 de abril de 2010


Eu estame, você pistilo, essa era a nossa realidade durante as horas que passávamos sentados de frente para o mar, desejando falar mil coisas, no entanto o silêncio dava o tom, a comunicação era feita pelo olhar, pelo corpo.
Eu estame, você pistilo,mais que fato, objetivo de vida, de duas vidas que poderiam terminar ali, com os seres responsáveis por elas recebendo a brisa fresca do mar, o carinho mútuo capaz de traduzir o que há de melhor no amor.
Eu estame, você pistilo, eternos prazeres de fim de tarde.