quarta-feira, 6 de junho de 2007

Há um vazio enorme na alma do homem, talvez seja a certeza da finitude da vida e das coisas. Muitos preenchem, ou pelo menos tentam preencher, essa lacuna com paixões fugazes, aquisições materiais, religião, sexo, drogas, enfim, há sempre uma válvula de escape para a descoberta de nossas limitações. Diante disso, fico pensando sobre a importância das nossas ações, sobre o que de fato vale a pena.
Vejo que a desgraça maior do ser humano é a vaidade, e é ela quem move as atitudes humanas; na tentiva de fazer a vida valer a pena, o homem torna-se solidário para criar uma imagem positiva, outros ostentam riquezas para serem o retrato da sedução, o mesmo ocorre com os estudiosos, poucos são aqueles que buscam o entendimento. Os homens matam por sua vaidade, enganam, corrompem-se, mas o vazio da alma não é preenchido, e vaidosos que somos, caminhamos rumo à pseudo-glória do conceito que fizeram de nós.
À medida em que o tempo passa, mais sentimos o deserto da alma consumir tudo em nós e apontar-nos um quadro histórico que se repete de geração à geração.
Dentre os mistérios da vida há esse drama silencioso, às vezes até desconhecido, mas que aflige a raça humana.
Procuro fazer do meu pensamento um legado que possa fazer dos meus descendentes uma geração capaz de responder às perguntas acerca da insatisfação humana, caso não consiga, entenderei que tal vazio na nossa alma é o do tamanho de Deus, e o que falta a mim e a boa parte da humanidade é fé...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Quanta!

Quanta mentira
No seu olhar,
Dá para notar
Sua intenção fingida.

Sei que está seduzida,
Atraída, doida pra ser abatida.
Não fuja, entregue-se
Ao prazer que te aquece.

Eu sou o poeta,
Mas é você quem mente...
Vamos! Se entrega,
Faça o que quiser sem pressa.

Sinta o que quer,
Seja o que é,
Esqueça suas convicções, sua fé.

Caso contrário, sofrerá
A culpa de ser o que não é.
Vazio é estar sozinho ainda que acompanhado, buscando explicações para os fatos observados e sentir-se numa caverna, cercado por pessoas que se recusam a entender o mundo além do que se pode ver.
A caverna de Platão nunca se fez tão presente quanto no momento, pensar tornou-se um exercício pouco praticado, a essência está restrita a formas, conceitos superficiais, às facilidades.
Procuro em tudo, em todos os instantes preencher essa lacuna, no entanto o máximo conquistado é o estar só na ignorância, na sapiência, na curiosidade em encontrar a lógica ou a não-lógica do mundo ao meu redor e seus habitantes.

Apresentação

Inicio neste dia a exposição de alguns pensamentos acerca dos dramas humanos.
Sem a intenção de ser tendencioso, postarei aqui as impressões que tenho sobre o mundo que me cerca, os fatos que compõem os anos; seja em verso ou prosa, minhas idéias serão a matéria-prima de todo texto, aceito, entretanto, críticas, opiniões e tudo mais que vier somar.
No mais, sejam bem-vindos.