domingo, 29 de março de 2009

Antídoto contra a paixão.

Frio na barriga ao vê-la(o). Satisfação em ouvir sua voz, se há um toque, ah! pele arrepiada, boca seca, tremor nas mãos, a reboque disso uma ime nsa ansiedade que não deixa dormir, comer, concentrar-se. Ao longo de alguns anos e de muitas experiências vividas e observadas, entendo a paixão como o fruto do tédio, algo que invade o psicológico para movimentar a vida através de uma outra pessoa, ou até mesmo coisa; a partir daí esse simples ser se transforma num verdadeiro mito, não conseguimos enxergar nele as imperfeições comuns a todos nós. No entanto, se preenchermos cada minuto dos nossos dias, esse fenômeno da psiquê não terá espaço em nossa mente, entenderemos que a vida é feita de ações, não de idealizações e, sobretudo, que nenhum ser, por mais especial que seja, será capaz de sintetizar toda a felicidade e satisfação das nossas vidas. Não dê tempo e espaço para a paixão, viva intensamente e tenha um amor, pois este traz quietude de alma, compreende, engrandece e mostra-nos o quão ridículos éramos na paixão.
Não sou tão bom a ponto de não poder ser mau, também não sou tão mau a ponto de não poder ser bom; sou apenas mais um ser humano, que por assim ser, reconhece na consciência a própria loucura. Sou feito de gestos e palavras, não de formas e opiniões alheias, identifico no olhar um falso humilde, bem como a insegurança de quem exalta a dureza do coração. No mais, tenho o que posso, faço o que preciso e vivo por falta de opção.

terça-feira, 24 de março de 2009

Interessante a mania das pessoas considerarem o Brasil um país cujas diferenças são respeitadas, assimiladas; a ideologia por trás dessa farsa propagada pela mídia é que faz da nossa pátria o reino da mentira.
Camuflar o esquema de segregação racial, social e regional é uma tática antiga para manipular o pensamento e comportamento da massa, que age segundo as "convenções" da elite. Difundida através de piadinhas "inocentes", números estatísticos cuja veracidade é questionável, as ideias fascistas são facilmente absorvidas por um povo carente de senso crítico, impulsionadas a formarem opinião com base naquilo que veem e ouvem nos orgãos de comunicação, assim exercem o papel de seres dóceis, enquadrados no sistema que exclui sem o declarar, mata como quem faz uma faxina, coloca na mente dos menos favorecidos uma resignação tão grande que os faz entender a vida como algo pré-determinado, e o Brasil um país onde há negros com alma branca, pobres limpinhos, povo sofredor e simpático, enfim, o bom e velho país do carnaval, a síntese do atraso secular nem um pouco aleatório.