quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

É certo que o tempo devora tudo, e as migalhas deixadas por ele, chamamos de recordações. Nelas nos agarramos na esperança, quem sabe egoísta, de sermos lembrados por alguém, ainda que essa lembrança seja breve, camuflada numa foto antiga, na letra de uma canção, em antigos textos ou no eflúvio de um perfume; é dessa forma que ficamos presentes nas mentes de quem um dia nos amou ou amamos, é dessa forma que nos vingamos do tempo, pois ao fechar os olhos e acessar as lembranças, revivemos momentos agora já inexistentes.